O São Paulo vive um bom momento no Campeonato Brasileiro. Para conquistar cinco vitórias consecutivas, o Tricolor paulista contou com o bom momento de seu sistema defensivo, que é o segundo menos vazado da competição nacional, com apenas nove gols sofridos – sendo superado apenas pelo Corinthians. Um dos pilares da zaga é Bruno Alves, que despontou no clube do Morumbi após passar por alguns clubes não tão badalados.

“Procuro sempre manter os pés no chão porque a cobrança é grande. E temos que cobrar a cada dia que você vestir a camisa do São Paulo. Então, eu encaro todos os jogos como o último, como a minha última oportunidade de mostrar meu valor aqui. Estou focado no dia a dia, construindo minha história ‘tijolinho por tijolinho’ e tenho certeza de que a longo prazo isso me trará bons frutos”, disse Bruno Alves em entrevista exclusiva ao UOL Esporte.

Um ponto que tem chamado bastante a atenção nesta campanha do São Paulo é o seu rendimento fora de casa. Após o triunfo sobre o Athletico, na última quarta-feira (21), a equipe tem a melhor campanha como visitante do Nacional, com 14 pontos conquistados e 66,67% de aproveitamento.

Neste fim de semana, Bruno Alves deve voltar ao time após cumprir suspensão automática por ter recebido o terceiro cartão amarelo. No total, essa foi a única ausência do defensor neste nacional, que entrou em campo 14 vezes no torneio. A equipe joga mais uma vez longe de sua torcida, contra o Vasco, no domingo, no Rio de Janeiro.

“A gente vem fazendo uma boa campanha fora de casa. Temos as estratégias para jogar no Morumbi e para jogar fora de casa. O plantel está crescendo muito. Você vê que tem muitos jogadores de qualidade em diversas posições. O treinador está com um elenco qualificado para montar a equipe para as partidas dentro e fora de casa, também”, explicou o zagueiro, de 28 anos, que acumula na carreira passagens pelo Figueirense, CRAC e Desportivo Ribeirão, da terceira divisão de Portugal.

Confira mais trechos da entrevista com Bruno Alves:

Carreira

Acredito que tudo tem o seu tempo. Se o meu momento chegou agora, é porque tive que passar por alguns processos para amadurecer. Nunca penso que demorei para ser reconhecido em um time grande. O meu tempo foi esse. Tem jogadores que já sobem da base e são vendidos, jogam e ganham títulos com clubes brasileiros. Mas meu tempo foi esse, sou muito feliz e agradecido.

Troca de parceiro na zaga

Para mim, é normal. Eu já joguei bastante com o Anderson Martins, com o Arboleda, com o Rodrigo Caio, que estava aqui no ano passado. Era tranquilo fazer esse rodízio que o Aguirre [treinador do São Paulo em 2018 que optava pelo rodízio]. Então, todo mundo se habitua com os parceiros de defesa. Estamos tranquilos e sabemos que quem entrar vai fazer um excelente jogo.

Juanfran e lado direito

É tranquilo. O Juanfran entra na posição de lateral mesmo. Eu já me acostumei a jogar dos dois lados do campo, agora estou mais no direito mesmo. Não tem nenhum problema até porque estou habituado a jogar por ali também.

Fonte: UOL