O Brasil possui uma tradição riquíssima no futebol, abrilhantada por uma longa lista de conquistas internacionais e de craques que defenderam a camisa nacional em todas as posições. Inclusive a de lateral, uma função que jogadores da Seleção como Cafu, Roberto Carlos e Marcelo ajudaram a revolucionar nos últimos anos.

A torcida brasileira presente no Estádio Olímpico de Goiânia reconheceu essa herança logo no começo do primeiro tempo contra a Itália, pelas quartas de final da Copa do Mundo Sub-17 da FIFA Brasil 2019™, quando o lateral esquerdo Patrick invadiu a área e se livrou da marcação para abrir o placar com seis minutos de bola rolando. O atleta mais jovem do elenco canarinho finalizou com efeito e surpreendeu o goleiro italiano Marco Molla, considerado um dos melhores da sua posição no torneio. Molla simplesmente paralisou e viu a bola do camisa 6 estufar o topo das suas redes.

“A sensação de marcar um gol foi incrível, em parte porque foi a minha primeira chance verdadeira”, disse Patryck em entrevista ao FIFA.com. “Aquele gol ajudou a equipe a manter a concentração e o controle emocional no resto da partida.”

Os donos da casa acabaram derrotando os italianos por 2 a 0. Além de contribuir com o poderoso arremate de canhota que colocou o Brasil em vantagem na capital goiana, Patryck também foi muito bem na defesa e levou a melhor no duelo individual com o atacante Degnand “Willy” Gnonto, que foi um dos destaques do torneio na fase de grupos

“A nossa prioridade era parar o ataque dos italianos pelas pontas, onde eles são mais fortes”, explicou Patryck. “Nós também trabalhamos duro para movimentar os jogadores da Itália até conseguirmos encontrar uma falha na defesa deles, que sabíamos que era sólida.”

Patryck fez a sua parte tanto ofensiva quanto defensivamente na tática que deu a vitória ao Brasil, exatamente como ele gosta. O jovem jogador da base do São Paulo se sente à vontade na dupla função e cita como inspiração o lateral da Seleção Marcelo.

“É pela qualidade técnica e pela maneira como ele lê o jogo”, explica Patryck sobre o ídolo. “Eu também gosto de ter um estilo de jogo ofensivo, chegando de trás para apoiar o ataque. A visão de jogo dele me inspira a usar a bola de outra maneira, a marcar gols ou ajudar a marcar.”

Presente nas semifinais de um Mundial Sub-17 pela segunda edição consecutiva, os brasileiros brigarão por um lugar na decisão com outra equipe que vem esbanjando habilidade no ataque. O encontro com a França na próxima quinta-feira, em Brasília, promete ser um dos mais eletrizantes da competição. Ao lado do Brasil, a seleção francesa é a única que também está invicta.

“Os franceses estão sempre tentando atacar e acelerar o ritmo da partida”, analisa Patryck sobre o adversário da semifinal. “Além de habilidade no ataque, eles também têm uma defesa bastante compacta para impedir os contra-ataques. Estamos conversando sobre isso e fazendo alguns ajustes.”

Uma vantagem que o Brasil certamente terá diante da França na quinta-feira é a presença da sua animada torcida no Estádio Bezerrão.

“A torcida é o nosso camisa 12”, reconhece Patryck. “Principalmente com a cultura do futebol e da seleção brasileira, que todo mundo apoia de todo o coração. Os torcedores estarão prontos para a partida, e nós também.”

Fonte: Site da FIFA