Um dos pilares do São Paulo desde 2019, Tchê Tchê se tornou um primeiro volante em 2020 e cresceu ainda mais de rendimento. Com altos índices de passes certos e desarmes, o jogador é um dos mais elogiados pelo torcedor.

A pandemia do novo coronavírus, no entanto, freou a ascensão de Tchê Tchê e do próprio São Paulo. Todos os jogadores passaram a treinar em casa, e o volante tem o seu método para não perder a forma física durante a paralisação do futebol.

– Venho treinando por chamada de vídeo com a personal, na hora de treinar ela liga. Às vezes treino com a minha esposa, às vezes tem um amigo meu que vem me dar treino. A gente tem que se adaptar. Peguei uma esteira agora, está para chegar também, vamos correr aqui. A primeira semana a gente estranha muito, já tem 12 dias que eu não saio de casa. A princípio dá um surto na cabeça, você fica muito sem saber o que fazer, mas você se acostuma, tem que se adaptar – afirmou Tchê Tchê em entrevista à “SPFCtv”.

O jogador também comentou sobre sua nova função em campo. Até o ano passado, ele era o segundo volante da equipe. Fernando Diniz, porém, achou que recuar Tchê Tchê seria mais vantajoso. E foi.

O São Paulo melhorou a saída de bola da defesa e passou a criar mais chances de gol com a tática adotada pelo treinador. Tchê Tchê, porém, acredita que ainda pode melhorar outros aspectos em seu jogo.

– Acho que a maneira com que nossa equipe aprendeu a jogar com o Diniz e as apresentações em 2020, isso facilita muito. Eu erro muito pouco passe, mas tenho trabalhado para melhorar em bolas longas, lançamentos, acho que isso ajuda também, às vezes quando vem pressionar a gente pode achar… Eu, o Dani, o pessoal ali de trás achar um bom passe mais longo acaba quebrando as linhas e facilita para a gente chegar no gol adversário. Acho que é basicamente isso – comentou.

Durante a entrevista, Tchê Tchê também foi questionado sobre seus sonhos, e ele foi categórico na resposta:

Assim como diversos jogadores ao redor do mundo, Tchê Tchê já foi vítima de injúria racial. Em 2016, quando ainda defendia o Palmeiras, ele foi chamado de “macaco” por um torcedor do Athletico-PR.

Na ocasião, o jogador não tomou nenhuma medida contra o agressor e minimizou o fato em entrevista coletiva.

Fonte: Globoesporte.com